O FIM da família no 3º milênio

O século XXI é o vigésimo primeiro século da Era Cristã ou Era Comum, é o primeiro século do terceiro milênio, nosso século atual, que abrange o período de tempo entre os anos 2001 a 2100.

Não precisamos olhar muito atrás para ter uma breve percepção da imensa explosão evolutiva pela qual temos passado ao longo das últimas décadas. Tantos avanços tecnológicos, tantas descobertas científicas e quantas mudanças na forma de pensamento e comportamento humano.

Humano, essa é a palavra que quero enfatizar. Ser humano, Homo sapiens, termo que deriva do latim "homem sábio" ser humano, ser pessoa, gente, homem e mulher. Segundo definição da Wikipedia, os membros dessa espécie têm um cérebro altamente desenvolvido, com inúmeras capacidades como o raciocínio abstrato, a linguagem, a introspecção e a resolução de problemas complexos. Outros processos de pensamento de alto nível, como a auto-consciência, a racionalidade e a sapiência, são considerados características que definem uma "pessoa", um "ser humano".

É neste âmbito, que uma questão nos é apresentada: Como pode essa espécie, a humana, responsável pelo crescimento exponencial da ciência e tecnologia, ser tão desumana em questões de relacionamento com o próximo, principalmente quando envolvem autoridade ou poder?

Esse raciocínio me leva a pensar que, talvez exista uma subespécie da humana, a dos desumanos. Seres que não evoluíram o suficiente para acompanhar a espécie principal porém, não é assim, somos todos humanos, todos iguais em qualidades e defeitos. Não existem melhores nem piores. Não há sábios que nada ignorem nem ignorantes que nada sabem. 

O que nos diferencia são os valores, o caráter intrínseco e pessoal de cada um. Valores morais, sociais e pessoais vão nos definindo ao longo da vida e acabam por nos segmentar em diferentes grupos. Alguns egocêntricos outros excessivamente altruístas, alguns maléficos, maldosos e outros misericordiosos, benevolentes, bondosos.

São diversos os fatores que influenciam a construção do caráter e dentre eles existe um fundamental que nasce a partir da família. É família!

A família é o centro das relações humanas. É lá onde temos os primeiros relacionamentos. É lá que nos são ensinados os primeiros valores. É no seio familiar que absorvemos as primeiras impressões do mundo em que vivemos e realizamos o entendimento dos serem que somos e pessoas que seremos.

Não é nossa intenção fazer uma análise antropológica da família, nem dos aspectos socioambientais que a envolvem, mas sim, uma análise sensorial das modificações que esta instituição tem passado a cada geração, comparativamente com o desequilíbrio moral da sociedade do terceiro milênio. 

O cenário que observamos hoje é o resultado da falência, da anulação da atuação da família ao longo das gerações. O retrato é de uma total ausência de princípios, valores distorcidos e caráteres duvidosos, produto de uma sociedade manipulada por mídias corrompidas e governos tóxicos.

Observamos índices de criminalidade cada vez mais altos fruto de famílias desestruturadas. É alarmante o número de crianças criadas por famílias destruídas por relacionamentos abusivos, uso de drogas e álcool, falta de respeito, amor e educação. Os jovens não tem perspectivas, não tem orientação, estão sem rumo e a grande maioria não demonstra vontade em constituir novas famílias mas sim, em viver para experimentar novas emoções em um conceito totalmente distorcido de liberdade. E assim, cada vez mais bebês nascem sem famílias ou serão criados por famílias destruídas ou distorcidas, sendo cuidados por tios, avós, ou mães solteiras perpetuando o ciclo nocivo, maléfico e de total aniquilamento dos princípios, valores e caráter humanos.

"A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança 
entregue a si mesma, envergonha a sua mãe." 
Provérbios 29:15

É preciso que haja um resgate dos valores da família, onde pais sejam novamente responsáveis pela educação de seus filhos. A escola serve para ensinar mas educar é papel da família que tem sido anulado em nossos dias. Não se deixe iludir pela falta de tempo, pelo cansaço e muito menos pelos argumentos de educadores manipuladores que trabalham por desconstruir valores familiares na intenção de produzir uma geração de mentes fracas suscetíveis a todo tipo de influência e controle de massa. 

Quanto mais as famílias forem anuladas, distorcidas e desconstituídas, maior será a degradação do ser humano e da sociedade. Que valor pode haver nos avanços tecnológicos e científicos se estes não forem acompanhados de uma evolução pessoal, íntima do ser humano?

Qual o melhor legado a se deixar como herança às próximas gerações? Considerar o próximo como a si mesmo ou saber quebrar partículas subatômicas? 

Qual desses promoverá a verdadeira evolução do ser humano?


"... visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam. Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais; são
insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis. 
Embora conheçam o justo decreto de Deus,
de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte, não somente continuam a praticá-las,
mas também aprovam aqueles que as praticam." Romanos 1:28-31